O que é Apneia do Sono?
Apneia do sono é um problema respiratório, que acontece enquanto dormimos, no qual a pessoa para de respirar por alguns segundos e que pode se repetir centenas de vezes durante a noite. A apneia do sono é um problema comum que afeta milhões de homens, mulheres e crianças, mas que freqüentemente não é diagnosticado, apesar das sérias consequências do problema.
Quais são as causas da apneia do sono?
A apneia do sono é na maioria das vezes multifatorial, sendo consequência de um colapso ou de um grande estreitamento da via aérea superior que ocorre durante o sono, em decorrência de:
- Relaxamento da musculatura ao redor da faringe (o que acontece com o uso de álcool, sedativos e durante o sono profundo)
- Excesso de tecido (hipertrofia de adenóide a amígdalas, palato alongado, língua volumosa, e mais raramente presença de cistos e tumores na faringe)
- Obesidade (acúmulo de gordura ao redor da faringe)
- Alterações do esqueleto facial (pessoas com queixo e maxila pequenos e posteriorizados)
Quais os principais sinais desta doença?
Roncar e ter sonolência diurna são dois sinais freqüentes em quem sofre de apneia do sono. O ronco indica a obstrução da garganta e a sonolência é consequência dos múltiplos despertares para voltar a respirar.
As apneias interrompem o roncar com períodos de silêncio. Quando a respiração retorna, o ronco atinge o máximo, lembrando um urro ou rugido. Nesse momento, o indivíduo está acordado e poderá responder a estímulos externos. Em poucos segundos, porém, volta a dormir e esquece que acordou. Pela manhã, a sensação é de que dormiu perfeitamente. Os que dormem perto é que se queixam. A tendência, ao longo do dia, será de adormecer em qualquer situação monótona. Mesmo quem dorme mais de oito horas tenderá a cochilar durante o dia se permanecer quieto. Por mais que descanse, a recuperação nunca é suficiente. Como o processo da doença se desenvolve em anos ou décadas, as pessoas acostumam-se a essa sonolência excessiva e passam a considerá-la "normal".
Outros sintomas:
- Ganho de peso
- Redução da memória
- Déficit de atenção
- Dor de cabeça pela manhã
- Sono agitado
- Boca seca ao acordar
- Suor noturno
- Pressão alta
- Palpitações
- Falta de ar
- Levantar para urinar
- Urinar na cama
- Impotência sexual
- Depressão
- Irritabilidade
- Problemas conjugais
Quais as consequências desta doença?
Além da queda de qualidade de vida pela sonolência diurna excessiva e má qualidade de sono, há um risco aumentado para problemas cardíacos como pressão alta (hipertensão arterial), batimento cardíaco irregular (arritmia cardíaca), infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (“derrame cerebral”). Ainda, devido ao quadro de sonolência, o risco de acidente automobilístico é de 4 a 7 vezes maior nos indivíduos com apneia obstrutiva do sono.
É possível tratá-la?
O tratamento ideal depende do grau do apneia do sono que é verificada pelo "exame do sono" (polissonografia) e de uma avaliação individual com um médico especialista. Medidas gerais como perder peso, evitar uso de álcool e medicamentos sedativos, além de dormir de lado (nos casos em que as apneias ocorrem mais em decúbito dorsal) pode ser benéfico. Em geral, o tratamento medicamentoso é ineficaz para a apneia obstrutiva do sono. O tratamento cirúrgico específico (adenoamigdalectomia, amigdalectomia, uvulopalatofaringoplastia, cirurgia para correção da obstrução nasal, cirurgia estética facial para correção óssea da maxila e mandíbula) e aparelhos odontológicos podem ser realizados em alguns casos. Uso do CPAP (link para CPAP), um aparelho usado durante o sono por onde o ar passa através de uma máscara nasal para a faringe, tem sido muito utilizado. O ar sob pressão que vem através de uma máscara colocada sobre o nariz mantém a faringe aberta, prevenindo as apneias.